Histórico - Décima Oitava Edição - 2022

BAILE DE MÁSCARAS

No ano em que tudo ficou escuro, as cortinas se fecharam, as luzes se apagaram e o palco ficou vazio. O lugar de alegrias, de palmas, de música e dança ficou frio e em silêncio. Os figurinos voltaram para o armário, os textos ficaram no papel, os acordes perderam o som e as coreografias viraram lembrança. A festa parou no ano em que tudo ficou escuro.

As máscaras ganharam outro sentido, não mais de fantasia ou disfarce, não mais de festa e alegria, mas de proteção, de medo e de insegurança. Passaram a esconder sorrisos e abafar as vozes. O próximo show não tinha data, não tinha elenco, nem cartaz. Não tinha roteiro, não tinha ensaio, nem artista ou diretor. O povo sumiu no ano em que tudo ficou escuro.

Porém, após esse tempo de reticências, as pessoas voltam a se juntar, as famílias se reúnem, o artista reencontra sua arte e a abraça como uma velha amiga. Cheios de saudade, tornam a caminhar juntos, como dois iguais. É hora de tirar a poeira, descortinar os tablados, retomar a rotina de testes e criação, pois a coxia está pronta para abrir seus caminhos.

O público volta aos assentos e a ribalta se acende. Agora é hora de voltar às antigas máscaras de felicidade, aquelas em que o sorriso fica estampado na face de quem as usa e de quem as contempla. É hora de iluminar as pinturas, as esculturas, os gestos e movimentos. Hora de dar volume às notas e aos arranjos que ficaram esquecidos para embalar a retomada da festa.

Após um ano afastado daquilo que é motivo de sua existência, o Festival Internacional de Folclore de Nova Prata, em sua décima sétima edição, volta ao seu tradicional palco, rodeado de artistas e espectadores convidando a todos para celebrar a arte, a dança e a música em um grande Baile de Máscaras.

07/09/2022